sábado, 9 de março de 2013

Papa poderá ser o barasileiro Odilo Scherer.

O conclave para a escolha do sucessor de Bento XVI terá início na tarde da próxima terça-feira (12), anunciou, ontem (08), o Vaticano por meio de nota oficial. O dia vai começar com uma missa matinal na Basílica de São Pedro. Depois, os cardeais seguirão em procissão solene até a Capela Sistina.

A votação para escolher o papa em um conclave terá início imediatamente depois que todos os cardeais eleitores - os que têm menos de 80 anos - entrarem na Capela Sistina, no Vaticano, local tradicional para a definição dos sucessores.

Haverá apenas uma votação na terça-feira (12). Ela ocorrerá na parte da tarde. Caso ninguém seja apontado por ao menos dois terços dos membros votantes do colégio cardinalício, nos dias seguintes ocorrem duas votações de manhã e outras duas à tarde. Nos últimos cem anos, nenhum conclave durou mais do que cinco dias.

Durante o processo de escolha, os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: Não podem usar telefone, receber jornais, ver televisão ou ter acesso à internet. Nem tradutores são admitidos.

Após três dias de votações sem resultado, ocorre uma suspensão de um dia para uma pausa de oração. Em seguida, os votos voltam a ser dados e, se ainda assim o novo pontífice não for escolhido, será efetuado um outro intervalo, seguido por sete tentativas.

O processo pode ser repetido em caso de indefinição e chegar a mais de 30 votações.

No conclave para escolher quem substituirá Bento XVI serão necessários os dois terços dos votos em todas as eventuais votações, sejam quantas forem. Também foi estabelecido que, caso se chegue à etapa de escolha entre os dois mais votados, os finalistas não poderão mais escolher, como era admitido.

O voto no conclave é secreto. Além disso, os cardeais eleitores continuam obrigados a se abster de qualquer forma de pacto, acordo ou promessa que possa obrigá-los a dar ou negar o voto a outros cardeais. Quando foi eleito papa, no dia 25 Abril de 2005, o então Cardeal Joseph Ratzinger obteve dois terços dos votos já na quarta votação.

Epicentro dos escândalos sexuais envolvendo Padres e Diáconos na primeira década dos anos 2000, a Igreja Católica nos Estados Unidos superou o trauma, mas enfrenta o desafio de manter-se relevante social e politicamente às vésperas do conclave.

O maior rebanho religioso dos EUA - com 78,2 milhões de fiéis declarados - está se distanciando dos dogmas do catolicismo e clamando pela modernização da instituição em temas que vão da ordenação de mulheres ao casamento gay. Cada vez mais hispânica, a Igreja também lida com novas necessidades.

No dia em que a data do conclave foi divulgada, a lista de Cardeais que mais circulam no meio eclesiástico e na imprensa internacional foi reduzida. Ontem (08), os principais jornais da Itália e alguns dos vaticanistas mais respeitados indicaram que os favoritos para suceder Bento XVI são dois: O italiano Angelo Scola, Arcebispo de Milão, e o Brasileiro Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo. Mas o favoritismo tem um preço: Em caso de impasse, uma terceira via poderá ser apresentada na janela do Vaticano.

Os nomes de Scola e de Scherer ficaram claros nas páginas dos diários La Repubblica, La Stampa e Il Messaggero, além da revista Panorama, quatro dos mais respeitados veículos de imprensa da Itália. Todos convergiram quanto aos cardeais que teriam saído fortalecidos das Congregações Gerais, as reuniões pré-conclave.

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